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Título: TRABALHO E SOFRIMENTO PSÍQUICO DE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS NO CAPITALISMO FLEXÍVEL
Autor(es): Jilou, Vivian
Palavras-chave: Trabalho.
Sofrimento.
Saúde.
Professores universitários.
Data do documento: 3-Jun-2014
Resumo: Com as alterações no mundo do trabalho e na docência, o professor se vê desafiado a exercer um trabalho diferente de suas possibilidades, expectativas e anseios e, por isso, corre o risco de sofrer e perder o interesse pelo que faz. Dado esse quadro, este estudo trata do trabalho docente no ensino superior e suas relações com o sofrimento psíquico. Vincula-se à linha de pesquisa Desenvolvimento profissional e trabalho docente, e integra o projeto de pesquisa intitulado A subjetividade docente nos interstícios da tecnologia: trabalho e saúde mental em tempos digitais. O objetivo é compreender a relação entre trabalho docente e sofrimento psíquico de professores universitários de duas instituições privadas, de Uberaba, MG, identificando a natureza, conteúdo e significados do trabalho docente. O estudo explicativo e de natureza qualitativa, incluiu pesquisa bibliográfica mediante levantamento eletrônico de artigos na base de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e no portal de periódicos da CAPES; leitura de livros e pesquisa de campo realizada com a participação de 30 professores de duas IES privadas que responderam a uma entrevista semiestruturada. O material obtido foi submetido à análise de conteúdo. Essa discussão se baseou em autores como Marx (1971), Enguitta (1991), Hypolito (1991), Dejours (1992), Lazzarato e Negri (2001), Pretto e Pinto (2006), Castells (2007), Mancebo (2007a), Mancebo (2007b), Dal Rosso (2008), Antunes e Braga (2009), Sennett (2009), Sennett (2009), Peixoto e Araújo (2012), Souza (2012a), Souza (2012b). Os resultados sugerem que o trabalho docente envolve diversos fatores tais como: jornada de trabalho, produtividade, desvalorização e desprestígio profissional, trabalho precarizado, intensificação e extensificação do trabalho, falta de tempo (tanto para dedicação à família, ao lazer, aos estudos e às produções), desrespeito, falta de interesse e comprometimento dos alunos, baixa remuneração, falta de recursos e condições de trabalho. Quanto à satisfação no trabalho docente inclui as relações interpessoais, troca de experiências e aprendizagem, crescimento pessoal e crescimento do aluno. Percebe-se que a transmissão de conhecimento e a sua aquisição também são um fator muito prazeroso. O sofrimento é reconhecido tanto em relação a si, quanto em relação ao outro. A dificuldade em admitir o sofrimento, talvez se relacione ao risco de transmitir uma imagem pessoal e profissional negativa e associada ao fracasso pessoal e/ou profissional. Espera-se possibilitar ao professor pensar sobre sofrimento psíquico 8 e docência, repensar o próprio saber e fazer docentes e buscar alternativas para relacionar-se melhor com a escolha e o exercício da profissão; compreendendo que o sofrimento poderá impedir investimentos na criatividade e na energia para o desempenho de suas funções, causando um sentimento de incompetência, diminuição da participação e iniciativa do trabalhador.
URI: http://dspace.uniube.br:8080/jspui/handle/123456789/1008
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