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http://dspace.uniube.br:8080/jspui/handle/123456789/1038
Título: | A TELEVISÃO E A PRODUÇÃO SOCIAL DA CRIANÇA EM IDADE ESCOLAR: UM OLHAR EDUCOMUNICACIONAL |
Autor(es): | Talarico, Blueth Sabrina Lobo Uchôa |
Palavras-chave: | Educomunicação Televisão Criança Imaginário |
Data do documento: | 31-Ago-2015 |
Resumo: | Esta dissertação integra o projeto “Produção social da diferença e negação da alteridade: um estudo da violência simbólica nas relações escolares” (OBEDUC/CAPES), que tem entre seus objetivos a problematização da violência simbólica manifestada em processos de produção social da identidade e da diferença. Desenvolvida junto à linha de pesquisa “Processos Educacionais e seus Fundamentos”, a pesquisa que aqui se apresenta tem como objetivo geral compreender, pela perspectiva educomunicacional, as influências exercidas pela televisão na produção social da infância contemporânea. Os objetivos específicos são: apresentar a Educomunicação como campo interdisciplinar, esclarecendo os fundamentos pedagógicos e éticos da Educomunicação latinoamericana; contextualizar o processo de produção social da infância e das culturas infantis; refletir sobre a categoria imaginário; discutir as influências da televisão na produção do imaginário da criança e na elaboração de uma recepção crítica. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, em abordagem qualitativa, cujo início se deu com um mapeamento do estado do conhecimento realizado a partir de bases de dados da CAPES. Na constituição do trabalho, a Educomunicação é tomada como eixo em uma relação interdisciplinar, de forma que o referencial teórico seja estabelecido a partir do diálogo desta com a História das mentalidades e com a Antropologia da criança. Assim, a inter-relação Comunicação/Educação é discutida a partir de Freire (1987; 2002), Kaplún (1999; 2002), Baccega (2000; 2003) e Soares (2002; 2011; 2013); a contextualização do processo de produção social da infância é feita a partir de Ariès (1981) e Del Priore (2013), e as culturas infantis são discutidas com o respaldo de Geertz (2008), Sarmento (2002; 2003) e Barbosa (2014). Por fim, com o intuito de compreender como se dá a elaboração do imaginário infantil e as influências que a televisão exerce sobre o mesmo, buscou-se entendimento em Laplantine e Trindade (1997), Kehl (1991; 2000), Pacheco (1995) e Gomes (1995). A bibliografia analisada permite constatar que Comunicação e Educação popular constituem as bases do campo interdisciplinar conhecido como Educomunicação. Desenvolvida, em sua versão latino-americana, por uma perspectiva progressista, a Educomunicação tem entre suas preocupações a questão da recepção crítica dos meios, o que a torna importante aliada para a compreensão da relação entre a criança em idade escolar e a televisão. Verifica-se, com o estudo, que a incapacidade da criança de posicionar-se frente ao que lhe é apresentado na televisão é apenas parcial e aparente. Isto porque, como indicam pesquisas do campo da Antropologia da criança, além de produto de um meio, a criança é, dialeticamente, um ser social e histórico, o que faz dela produtora de cultura. Conclui-se, portanto, que as crianças também são capazes de construir, na relação com seus pares, modos de significação do mundo que se diferenciam das culturas sociais transmitidas por adultos em meio a processos como a escolarização. E assim, ao levar em conta a ocorrência de culturas da infância, a pesquisa apresenta elementos favoráveis ao emprego da educomunicação (e de seus objetivos emancipadores) como mediadora do contato entre a criança em idade escolar e a televisão. |
URI: | http://dspace.uniube.br:8080/jspui/handle/123456789/1038 |
Aparece nas coleções: | TURMA 10 |
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