Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://dspace.uniube.br:8080/jspui/handle/123456789/1060
Título: CONCEPÇÕES DE PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL SOBRE DESENVOLVIMENTO INFANTIL, ATIVIDADE E LINGUAGEM
Autor(es): Corrêa, Cíntia Resende
Palavras-chave: Desenvolvimento infantil
Atividade
Linguagem
Educação Infantil
Formação de professores e trabalho docente
Teoria Histórico-Cultural
Data do documento: 15-Nov-2016
Resumo: As concepções de desenvolvimento infantil, atividade, linguagem são fundamentais para a formação de professores e o trabalho docente na Educação Infantil. Este estudo tem como objetivo analisar as concepções de desenvolvimento infantil, atividade e linguagem de 11 professoras de uma escola da Rede Municipal de Educação Infantil de Uberaba-MG. Insere-se na linha de pesquisa Desenvolvimento Profissional, Trabalho Docente e Processo de Ensino-Aprendizagem e integra o projeto institucional A Constituição Autora e Leitora no Processo de Apropriação da Escrita na Educação Infantil, do Grupo de Estudos e Pesquisas Infância e Contextos Educativos (GEPICE). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, na perspectiva histórico-cultural, particularmente, a Escola de Vigotski, com foco em três macrocategorias –. Foi aplicado um questionário com três questões abertas para onze professoras da escola-campo e realizada a análise documental de três documentos oficiais, as Matrizes Curriculares para a Rede Municipal de Ensino de Uberaba, o Projeto Político Pedagógico da escola-campo, o Plano Anual de Ensino Pré II, com a finalidade de compreender como as concepções de desenvolvimento infantil, atividade, linguagem são concebidas pelas professoras e tratadas nos documentos oficiais. A análise dos documentos oficiais evidencia que o desenvolvimento infantil não é visto como um processo de todas as funções psicofisiológicas integradas da criança e relacionado ao processo de ensino e aprendizagem. Em relação à concepção de atividade, os documentos oficiais não diferenciam atividade de ação, também não se destaca o papel da atividade do brincar para o desenvolvimento infantil. Portanto, apresentada de forma fragmentada e sem relação com o desenvolvimento da criança, não traz uma concepção clara para subsidiar o trabalho docente. Quanto à concepção de linguagem, os documentos oficiais se referem a linguagens múltiplas, não diferenciando a linguagem verbal de outras formas de expressão. Destaca-se a função comunicativa, sem mencionar outras funções importantes como a função mnemônica, a função nominativa, a função simbólica. O papel mediador da linguagem como instrumento cultural mediador no desenvolvimento infantil não é mencionado. Em relação à linguagem escrita, apresenta-se o sistema de representação escrita no nível silábico e sua relação com a fala em substituição à escrita em sua funcionalidade social. A análise dos dados dos questionários aplicados às professoras mostra que o desenvolvimento infantil é visto como um conjunto de fases, etapas ou estágios que se sucedem linearmente no desenvolvimento da criança, provocando mudanças físicas, psicológicas, emocionais, cognitivas, afetivas. A atividade é frequentemente associada a movimento, ação e voltada para o desenvolvimento de habilidades. A linguagem é relacionada com o desenvolvimento infantil, mas não se explicita essa relação, restringindo-a a meio de comunicação e forma de expressão. O foco da linguagem assenta-se no código linguístico, embora seja mencionado seu papel de interação, ao apontar as múltiplas linguagens que devem ser apresentadas às crianças, contudo essas linguagens não são diferenciadas quanto à sua função. A escrita é tratada como uma simples representação da fala, consequentemente, não se explicita sua complexidade e sua relação com o desenvolvimento infantil. A comparação dos dados analisados nos documentos com as respostas dos questionários aponta indícios que as professoras refletem em suas respostas o que dizem os documentos oficiais sobre desenvolvimento infantil, atividade, linguagem. Conclui-se que, de um lado, os documentos oficiais não propiciam aos professores as concepções de desenvolvimento infantil, atividade e linguagem necessárias para o planejamento das atividades pedagógicas com as crianças; de outro, as professoras reproduzem em suas falas o que está posto nos documentos oficiais, repetindo no planejamento de suas atividades o já dito nas matrizes curriculares. O estudo apontou a necessidade de repensar a formação de professores, para isso é preciso uma base científica cujos fundamentos teóricos e metodológicos, postos nos documentos norteadores dos professores, deem sustentação ao trabalho docente.
URI: http://dspace.uniube.br:8080/jspui/handle/123456789/1060
Aparece nas coleções:TURMA 11

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
CÍNTIA RESENDE CORRÊA.pdf1,3 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.