PROCESSO DE ADOECIMENTO E TRATAMENTO DE DEPENDENTES QUÍMICOS

Abstract

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a dependência química como doença, contudo, destaca que ela deve ser tratada concomitantemente como uma doença médica e como um problema social (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2001). Dentre as diversas formas de entendimento do abuso e dependência de drogas, investigar o papel das habilidades sociais para identificar os fatores que a influenciam torna-se relevante, tendo em vista que as habilidades sociais compreendem o estudo das várias classes de comportamentos sociais e estes contribuem para a qualidade e a efetividade das interações que o indivíduo estabelece com as outras pessoas. Esta pesquisa objetiva investigar como ocorre o processo de adoecimento de dependentes químicos, considerando que a dependência química exista tanto por drogas ilícitas quanto por lícitas. Pesquisa bibliográfica realizada a partir de uma revisão literária narrativa da literatura. Os artigos foram selecionados por meio das plataformas online SciELO (Scientific Library Online) e PEPSIC (Periódicos Eletrônicos em Psicologia). O processo de busca utilizou os filtros: busca por publicações em Língua Portuguesa registradas nos últimos 20 anos. De acordo com as pesquisas selecionadas para realização desse estudo, os resultados mostram que o processo de adoecimento de dependentes químicos: pode ocorrer com uma inter-relação complexa entre a cognição, comportamentos, emoções, relações familiares, relações sociais, influências culturais, processos biológicos e fisiológicos; os efeitos negativos variam e afetam as atividades sociais e trabalhistas do sujeito e sua rotina como um todo; o adoecimento do indivíduo é algo complexo e expansivo porque não envolve somente o momento presente e o ser adoecido, envolve passado, presente, futuro e, talvez a falta de perspectiva sobre ele; o uso contínuo e/ou dependente de substâncias psicoativas provoca danos no organismo, principalmente no sistema nervoso central; o abuso de substâncias psicoativas pode gerar grandes transtornos sociais pelas alterações de comportamento que a droga causa, o que pode ocasionar dificuldades nas relações do dependente químico com as pessoas de seu convívio, além de danos à sua própria saúde que podem se tornar permanentes.