Praça das artes:

Abstract

O presente trabalho trata-se de uma intervenção na área do antigo Complexo da Estação Ferroviária da cidade de Ituverava, interior de São Paulo, através da análise da área e estudo para o complexo ferroviário existente, com intuito de promover um novo uso por meio de um programa que reforce a identidade local e promova vitalidade na área. Portanto, propõe-se criar o projeto “Praça das Artes”, em resposta a atual condição urbana e social, para reinserir tal patrimônio na vida cotidiana da região, a fim de oferecer novos usos e espaços para a cidade permitindo que a população possa usufruir e assim preservá-lo. A arte é uma alternativa para reestabelecer o vínculo entre cidade e os homens, pois esta traz novos significados para o espaço urbano. Desta maneira, propiciar o acesso para produção e difusão da cultura, constitui-se uma forma de transformar a cidade no lugar onde a criatividade e as relações humanas se fundem. Por isso, pretende-se a criação de um espaço público de caráter cultural, com o objetivo de promover novos pontos de encontro e convivência; transformar um lugar ocioso em um lugar ativo, fundamental para a dinâmica urbana; assim como promover uma nova dinâmica cultural e oferecer um espaço requalificado à cidade, com uma função dedicado à convivência pública. O programa está organizado em três blocos, os quais são articulados por passarelas e vazios. O bloco da estação está organizado o café e as oficinas de trabalhos manuais, o anexo que interliga as pré-existências pelos eixos sanitários e circulatório, e o galpão que é composto pela administração, teatro, depósito e oficinas de expressão corporal e música. O ponto de partida do projeto se dá através das passarelas, que visualmente causa o rompimento de um único bloco e cria uma condição de cheio e vazio, a fim de valorizar as fachadas e frontões das pré-existências. É criado o edifício anexo a partir da demolição da casa do chefe que se encontrava deteriorada e descaracterizada. A linha férrea reforça a condição da ferrovia como barreira. Assim, é feita a criação de dois tuneis de passagem que atravessam a ferrovia para se reconectar com os edifícios do Ceagesp. Para isso, um túnel é dedicado aos veículos e outro para os pedestres e ciclistas, partindo-se do nível das pré-existências, a cota mais alta do lote, cria-se uma praça subterrânea, para o acesso ao túnel de pedestres, composta por uma rampa e uma grande escadaria a ser usada também como arquibancada, criando espaços de convivência, exposição e pequenas apresentações.