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Título: A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO CONTEXTO DA SALA DE AULA: RELAÇÕES COM O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
Autor(es): Pereira, Eliane Martins
Palavras-chave: Educação Inclusiva
Atendimento educacional especializado
Ensino Regular
Teoria Histórico-Cultural
Narrativas
Data do documento: 2018
Resumo: No Brasil, a Educação Especial surgiu historicamente para proporcionar escolaridade às crianças que, devido a algum tipo de deficiência, não eram inseridas no processo regular de ensino. A LBI nº 13.146/15 garante aos alunos com deficiência a participação plena e efetiva na sociedade e, consequentemente, a frequentarem a classe comum em escolas regulares, sejam públicas ou privadas. A partir disso, desenvolveu-se este estudo consonante aos tópicos da linha I de pesquisa da Universidade de Uberaba, seja ela, Desenvolvimento Profissional, Trabalho Docente e Processo de Ensino e Aprendizagem. O objetivo desta pesquisa foi analisar como ocorre o processo de inclusão no ensino regular e suas relações com o atendimento educacional especializado (AEE) em uma escola pública da rede municipal de Uberlândia/MG. Trata-se de uma pesquisa qualitativa (MINAYO, 1994) que teve como procedimentos metodológicos 4 narrativas escritas por 5 professores do ensino regular, somando 20 narrativas; narrativa de uma professora sobre a trajetória do atendimento educacional e análise de documentos oficiais para contextualizar a educação inclusiva nas políticas públicas voltadas para a Educação Especial elaboradas dos últimos anos. A pesquisa se apoiou em fundamentos teóricos da Escola de Vigotski e de autores que abordam a Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, considerando que o foco não é a deficiência, mas o desenvolvimento do indivíduo. Os dados levantados foram trabalhados em duas unidades de análise temática, de acordo com o método de Vigotski, e foram comparados para compreensão das práticas inclusivas em sala de aula e suas relações com o atendimento educacional especializado. Após a análise dos dados coletados, os resultados indicam que os professores da classe comum atribuem a si a responsabilidade precípua de alfabetizar as crianças com deficiência no mesmo tempo cronológico que as crianças sem deficiência, oferecendo um ensino voltado para os conteúdos curriculares como fim, desconsiderando que o papel da escola é promover o ensino humanizador que conduz o desenvolvimento integral do aluno. Além disso, os professores participantes do estudo apontam que não conseguem apoio que potencialize suas práticas inclusivas em classe comum, seja da equipe gestora e pedagógica, seja dos sistemas de ensino e do atendimento educacional especializado. E, por fim, a pesquisa evidenciou que os dois ambientes, classe comum e AEE, desenvolvem ações que poderiam conduzir a uma prática inclusiva. Entretanto, essas atividades não são planejadas tendo como foco o desenvolvimento do aluno, também não são ações conjuntas entre o atendimento educacional especializado e as salas de aula de ensino regular, fato esse que culmina numa fragmentação do processo de apropriação dos conhecimentos pelos alunos no espaço escolar.
URI: http://dspace.uniube.br:8080/jspui/handle/123456789/2231
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