CORPO E MÍDIA: uma revisão narrativa sobre o Transtorno Dismórfico Coporal

Abstract

Utilizando de um recorte histórico, a revolução industrial permitiu o desenvolvimento científico para o surgimento de novas máquinas e aparelhos que atendessem desde as necessidades ligadas ao trabalho até ao lazer e entretenimento. A tamanha expansão destes conhecimentos permitiu que as redes sociais, através dos aparelhos celulares, fossem popularizadas e acessíveis progressivamente à sociedade, protagonizando os adolescentes enquanto consumidores constantes. Os transtornos de imagem têm como provável causalidade a atribuída sociedade digital, destacando a somatização patológica, o exibicionismo como conteúdo constante das redes sociais e dos constructos que associam o funcionamento dessa mesma sociedade como Sociedade do Espetáculo, apoiado em constructos dos teóricos Guy Debord e Zygmunt Bauman, apontando a insatisfação e frustração constante resultante da Sociedade Líquida. Desta forma, frente a exposição e funcionamento das redes sociais, o presente trabalho tem como objetivo discorrer sobre a influência das mídias sociais como agente patológico no surgimento e agravo do Transtorno Dismórfico Corporal, discorrer sobre a maior suscetibilidade na adolescência, bem como elucidar possíveis manejos e prevenções na crescente influência digital ao desenvolvimento da personalidade.