MALIGNIZAÇÃO DO LÍQUEN PLANO BUCAL REVISÃO DE LITERATURA

Abstract

O líquen plano oral (LPO) uma condição inflamatória mediada por células T, que pode apresentar manifestações bucais e na pele. Sua prevalência varia de 1% a 2%, afetando mais mulheres do que homens na proporção de 2/1. O potencial de malignização do LPO tem sido bastante discutido na literatura científica, o risco dessa lesão progredir para carcinoma de células escamosas (CEC) é estimado em 1,1%. Observa-se que ele é maior entre portadores de LPO fumantes, usuários de álcool e infectados pelo vírus da hepatite C. Todavia, alguns estudos afastam a possibilidade de haver uma natureza potencialmente maligna nessa lesão, sugerindo que muitos dos casos que progrediram para o Carcinoma bucal podem ser consequência de erro de diagnóstico. Especialmente, quando se inclui a presença de displasia epitelial no histológico das lesões diagnosticadas como LPO. Entretanto, a consideração da presença de displasia epitelial como critério de exclusão diagnóstica é muito controversa. Assim, o intuito desse estudo foi o de verificar através da revisão de literatura contemporânea, se realmente, o LPO é uma lesão cancerizável. Também, a possibilidade dessa lesão conter no histológico a presença de Displasia epitelial em algum momento de sua evolução. Com esse estudo, pode-se concluir que o risco de malignização é uma realidade para os casos diagnosticados como LPO, mas a inclusão, ou mesmo a exclusão de displasia epitelial nos casos identificados como LPO nos diversos artigos analisados, não foi consensual, havendo necessidade de novos estudos.