TRABALHO DOCENTE ENTRE O PRESCRITO E O REAL: efeitos na saúde dos professores do Ensino Superior do Triângulo Mineiro no período de 2012 a 2018

Abstract

O capitalismo está presente no cotidiano sendo um fluxo contínuo de valor que atravessa vários momentos e formas, apresentado como dinheiro, meio de produção e mão de obra, mas sempre como capital. O capitalismo, marcadamente do século XXI, reflete na forma como se estabelece a educação, repercutindo, portanto, nas vivências dos trabalhadores docentes, podendo gerar sofrimento e adoecimento. Nesta direção esta pesquisa, de natureza teórica, do tipo documental e de abordagem qualitativa, analisa de que modo o mercado de trabalho, suas transformações e configurações atuais, permitem ao trabalhador docente vivenciar experiências e demandas sociais, e o que elas têm causado em termos de alterações na saúde dos trabalhadores docentes. O presente estudo insere-se na Linha de Pesquisa Desenvolvimento Profissional, Trabalho Docente e Processo de Ensino-Aprendizagem do Programa de pós-graduação em Educação, da Universidade de Uberaba – UNIUBE, e vincula-se ao projeto de Pesquisa, Trabalho e Profissão Docente na cultura virtual: tendências, conteúdos e implicações para a subjetividade e a saúde de professores. A metodologia inclui busca e obtenção dos dados que ocorreram em duas etapas. A primeira com ênfase para um processo de definição dos objetivos e hipóteses para investigação, além de um maior entendimento das particularidades da pesquisa. A segunda etapa iniciou-se pela elaboração do relatório de qualificação, para um maior e melhor delineamento e fundamentação da pesquisa. Para o levantamento bibliográfico foram consultadosos meios e bibliotecas virtuais através do descritor “trabalho docente”. Aposteriori associou-se o descritor a outros, como “ensino superior privado”; “mercantilização do ensino”; “capitalismo”; “precarização”. Em uma busca para constituição do capítulo três foram usados descritores “trabalho docente e sofrimento”; “trabalho docente e saúde mental”; “docente e sofrimento”; “docente e saúde mental”, sendo que desses foram desconsiderados aqueles que se se referiam ao trabalho docente na educação básica, e ensino médio bem como aqueles que tratavam de questões como formação ou aqueles que se referiam à atuação específica de tutores na EaD. Finalizou-se com 99 artigos. Os resultados da pesquisa indicam que as transformações nas condições do trabalhador docente em seu exercício, juntamente com as novas vivências e experiências de professores universitários, incluindo demandas sociais a eles relacionadas, têm atingido a saúde do trabalhador docente.